Pedro Marques Anuncia novas Medidas de Desenvolvimento para Castelo de Paiva

Sob o lema “ Um ano após – o interior mais revitalizado “, o Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques anunciou ontem em Castelo de Paiva quase 3.000 novos empregos para as regiões mais afectadas pelos incêndios do ano passado, resultado associado a um programa lançado depois das tragédias de Junho e Outubro de 2017 que, neste concelho do extremo norte do distrito de Aveiro, permitiu recuperar uma unidade industrial de calçado que foi completamente destruída e garantir a empregabilidade a mais de 80 mulheres que tinham ficado sem trabalho.

ter 23 out, Informação Oficial

Segundo o governante, para além da manutenção dos postos de trabalho afectados pelas chamas, este programa tentou atrair novos investimentos de empresas para estas zonas, conseguindo juntar 111 projectos, num total de 360 milhões de euros, entre eles 198 milhões com apoio público, sublinhando Pedro Marques, que a adesão foi tão grande que tiveram de duplicar o dinheiro público disponível.

Os resultados deste programa para criar novos empregos nas regiões atingidas pelas chamas foi ontem apresentado numa sessão de esclarecimento, pelo Secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, Nelson Souza, no âmbito da cerimonia de inauguração da recuperada empresa Arda-Industria de Calçado, localizada na Raiva, em Castelo de Paiva, traduzido num investimento superior a 800 mil euros, dos quais 505 mil euros foram provenientes do apoio público nacional.

Numa cerimonia onde marcaram presença o presidente da CCRD Norte, Freire de Sousa, o presidente do COMPETE, o presidente da APICCAPS, para além de entidades ligadas ao IAPMEI, IEFP e Segurança Social e autarcas locais, o ministro referiu que, a propósito da garantia destes postos de trabalho, “ esta é a grande riqueza “, falando em novos sinais de esperança com novos investimentos e novas competências nestes territórios afectados.

Evidenciando as politicas de recuperação económica dos territórios afectados pelos incêndios, Pedro Marques congratulou-se com este momento simbólico, nesta luta por esta empresa e por estes postos de trabalho em Castelo de Paiva, e realçou o objectivo de uma resposta conjugada em dois tempos, através do programa Repor, orientado para repôr o potencial produtivo nas empresas directamente afectadas total ou parcialmente pelos incêndios e o programa Atrair, com novo capital e novos investimentos de empresas já implantadas para os territórios afectados ou pertencentes às mesmas bacias de emprego, representando investimento superior a 500 milhões de euros, potenciando projectos económicos que vão permitir aumentar a escala de valor e diversificar a economia destes territórios e gerar exportações estimadas em 200 milhões de euros.

O ministro realçou o trabalho empenhado para encontrar esta solução, nomeadamente por parte da Câmara Municipal e do presidente Gonçalo Rocha, das entidades públicas, e do empresário Reinaldo Teixeira, que detém várias unidades fabris do ramo do calçado, porque souberam acreditar num projecto de elevada qualidade, recuperando em menos de um ano, uma empresa totalmente destruída, criando objectivos e sonhos a mais de 90 operárias.

Recorde-se que, a nova fábrica começou a laborar na semana passada, tendo entrado ao serviço cerca de quarenta funcionárias para as secções de corte e costura, estando prevista, conforme referiu ontem o empresário de Felgueiras, a reintegração das restantes colaboradoras até ao final do ano, evidenciando depois a sua satisfação pela concretização deste projecto industrial em Castelo de Paiva, deixando agradecimentos ao empenhamento e colaboração do Governo e da Câmara Municipal, onde destacou a iniciativa e a acção do edil local para que este sucesso empresarial fosse alcançado.

O presidente da Câmara Municipal louvou o empenhamento do Governo neste processo, evidenciando a atenção que tem sido dada por estes governantes relativamente à situação difícil de Castelo de Paiva, nomeadamente na ajuda para desenvolver estratégias e soluções para reerguer o território, enaltecendo a coragem e a disponibilidade do Grupo Carité e do seu presidente Reinaldo Teixeira para a recuperação da fábrica de calçado destruída na Raiva, deixando uma saudação de esperança e de incentivo a todas as trabalhadoras que viram agora, com esta decisão, garantida a recuperação dos seus postos de trabalho.

Para Gonçalo Rocha, o que sempre importou, nesta situação difícil em que ficou o concelho, depois dos fogos de Outubro, foram as pessoas e a resolução dos seus problemas, porque sem emprego não há futuro, nem qualidade de vida, por isso apostamos tudo na recuperação das empresas afectadas e continuamos a contar com o Governo para nos ajudar neste desafio, tentando ultrapassar as dificuldades que nos condicionam a vontade de fazer mais pelo desenvolvimento do território, recordando a trajectória difícil que o concelho tem tido nas ultimas décadas.

Agradecendo o empenhamento destes governantes neste, e em outros processos relacionados com o desenvolvimento do concelho, o autarca paivense mostrou-se orgulhoso e satisfeito com este feliz desfecho, recordando os tempos difíceis evidenciadas por um rasto de destruição, no empenhamento e na procura das melhores soluções para minimizar os imensos prejuízos espalhados num território que teve mais de metade da sua área destruída pelas chamas, destacando depois o apoio dado pelo Governo à economia do concelho, com mais de 2,6 milhões de euros no âmbito de candidaturas apresentadas num programa específico para o município, onde evidenciou o sector do turismo, que disse acreditar ter uma forte pujança nos próximos anos e dar uma dinâmica de prosperidade ao concelho.

O edil paivense falou em mobilidade e na aproximação aos principais eixos rodoviários, sublinhando a importância da conclusão da Variante à EN 222, uma estrutura rodoviária já assumida pelo Governo, em fase de execução de projecto, não descurando a necessidade de se avançar com a construção na íntegra do IC 35 no acesso à A4 em Penafiel, ao mesmo tempo que lembrou o projecto de acolhimento empresarial na Cruz da Carreira, fundamental para potenciar uma dinâmica mais forte da actividade industrial, tal como o desafio da formação profissional para os próximos tempos, potenciando gente mais qualificada para as empresas que se instalam no concelho, reivindicando ainda, a classificação de todo o território municipal como área de baixa densidade.

O Secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão falou na urgência de repôr empresas e a sua actividade laboral, garantindo postos de trabalho, e enalteceu este exemplo de Castelo de Paiva no âmbito das politicas assumidas pelo Governo de recuperação económica dos territórios afectados, traduzido numa aposta ganha que potencia o emprego, fortalece o tecido empresarial e permite até aumentar as exportações, dando a conhecer que, no âmbito dos programas SI Inovação + SI2E o concelho de Castelo de Paiva tem 84 projectos apoiados, num total de 12 milhões de apoio público, 363 PT previstos e com um indicador de mais de 20 milhões/ ano em exportações.

À margem desta inauguração, ambos os governantes estiveram de visita à BRADCO, uma empresa de sucesso no âmbito da fabricação e comercialização de marroquinaria, localizada na ZI de Felgueiras, onde foi possível perceber a dinâmica de um investimento empresarial que honra Castelo de Paiva, pela sua grandeza, sustentabilidade e qualidade, cabendo à administradora Rosa Paiva a apresentação de uma das empresas de referencia do concelho, numa estrutura empresarial que já consolidou a sua posição de líder na área das braceletes e marroquinaria, onde a competitividade e a qualidade são argumentos que justificam o sucesso alcançado em apenas uma década de actividade, agora com perspectivas de expansão com a construção de novas instalações fabris, num projecto apresentado no âmbito do Programa Operacional “ Portugal 2020 “ – Competitividade e Internacionalização, com o objectivo de reforçar a investigação e desenvolvimento tecnológico e a inovação, um investimento global de mais de 3,1 milhões de euros, que conta com o apoio do FEDER em mais de 1,5 milhões.

Um dos momentos altos desta visita governamental à BRADCO, classificada como PME Excelência, foi poder presenciar, o conjunto das 250 colaboradoras a entoar, com natural orgulho e satisfação, o hino da empresa sustentado na máxima de que “ juntos sempre, sozinhos nunca “.

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