Património

O cavalete funcionava de forma a acionar o movimento de cabos de aço dos quais se suspendem “jaulas”. Nestas últimas são transportados materiais e pessoal para o interior e exterior dos trabalhos subterrâneos. Perante a necessidade de posicionar os cabos de suspensão ao longo da vertical dos poços, e em virtude de em muitos casos a máquina não se encontrar nessa vertical mas sim a uma certa distância desta, surgem as construções conhecidas com o nome de “Cavaletes”, ou Torres de Extração.

Fundamentalmente servem para apoiar no seu cimo, grandes roldanas, sobre as quais os cabos de aço passam de uma posição inclinada para a vertical. A estas roldanas, na gíria mineira, é atribuído o termo “Andorinha”. Estas construções, para além das “Andorinhas”, possuem vários elementos dos quais destacamos a torre, com os pisos de contraventamento e escadas de acesso ao topo, bem como as escoras inclinadas de estabilização, posicionadas entre o cavalete e a “Casa da Máquina”. Estas escoras inclinadas fazem parte de um esquema de peças devidamente posicionadas tendo em vista permitir um comportamento resistente ao esforço necessário para a realização da extração. Qualquer paisagem mineira tem como ex-libris os Cavaletes existentes, sendo mesmo considerados símbolos universais da indústria extrativa.

Na altura havia quem defendesse que se devia dar-se preferência ao cavalete metálico, argumentando que o mesmo poderia servir, ou ter valor residual apreciável, mesmo quando se esgotasse o campo de lavra do poço onde ele estivesse instalado. Porém, outras opiniões afirmavam que tal argumento só seria de atender em poços que tenham períodos de exploração relativamente curtos. Para poços com lavra superior a 20 ou 25 anos, o encargo do capital imobilizado a mais (30% - contas da altura) com os seus respetivos juros e as despesas de conservação do cavalete metálico podem ser superiores, não ao valor residual, mas ao próprio valor de instalação do cavalete metálico. Por outras palavras, as economias realizadas com um cavalete de betão armado, relativamente a outro de tipo metálico, eram suficientes para no fim de 20 ou 25 anos permitir adquirir um cavalete metálico, se tal se julgasse útil. Já na altura, eram referenciadas informações de boa fonte, onde se afirmava que mesmo no estrangeiro, um cavalete de betão armado ficava por um preço entre 50 e 80% do custo de um cavalete metálico capaz de realizar um mesmo serviço (informações relativas à França, Bélgica e Holanda).

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